sábado, 3 de abril de 2010

Ela tem um óculos e um chapéu, espera o seu amor para levá-lo céu, já caiu de joelhos, e se levantou, gosta de vinho doce, e por alguém já chorou. Às vezes está um pouco pra baixo, melancólica, quer um abraço. Tem um vestido estilo Carmen Miranda, trabalha duro feito boi de cana. Mas ela não para de dançar. Acorda cedo toda manhã acende um cigarro e quer um divã, gosta de rolar em sua cama, de comprar roupas toda a semana. Às vezes quer fugir do mundo moderno, das pessoas e do inverno. Acha a sua geração um tédio, que a revolução é pichar os prédios. Mas ela não pára de dançar. Ela corre contra o tempo pois vive intensamente com o sua carinha desvairada inconsequente, ela não pára de dançar

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