sexta-feira, 29 de outubro de 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Procurei. Por todos os lugares. Talvez um pouco de racionalidade. Não, acho que não. Procurei pelos armários. Nos cadernos velhos onde costumava anotar coisas. Na caixa onde estão as cartas. No espelho. Nada. Em outras casas. Procurei atrás dos móveis. Em baixo deles. Nem sinal. Acho que não procurei muito bem perto das árvores. Procurei pelos cds e dvds. Eu queria autocontrole, ou não. Pelos arquivos salvos. Pelos papeis amarelados. Pela geladeira. Pelo dicionário. Pelos livros. Queria perder o controle. Podia ser. Mas, ainda não. Procurei nas pessoas. Na rua. Nos bares. Procurei e acabei encontrando nem sei exatamente o que, mas encontrei. No lugar mais obvio. Em mim, entre coração, olhos, pulmões e rins. Veias, ossos e todo sangue. Eu descobri que tudo que eu procurar dentro de mim, eu vou encontrar. O que não encontrar, eu vou atrás. Quero o mundo em mim e já estou providenciando.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Começou com uma cosquinha bem de leve, no ladinho. Passou uns dias e ela sentiu novamente. Cosquinha parecida com a que as borboletas fazem quando pousam no nariz dela, quando deita na grama no domingo pra olhar os desenhos nas nuvens. Dia a dia a cosquinha na barriga aumentava, parecia com a das borboletas mas maior, bem maior e agora não mais só no ladinho, era pela barriga toda e não demoraria para tomar conta do corpo todo tambem. As sensações de satisfação, felicidade e coisas que ela nem lembrava mais, se faziam sentir toda vez que as cosquinhas apareciam. Cada vez mais frequentes. E intensas. Ela até ficou com medo algumas vezes mas adorava. Em um domingo preguiçoso em que observava uma árvore no jardim, percebeu que conforme o vento batia nela, mexia os galhos e ela podia sentir isso. Exatamente no mesmo ritmo dos galhos da árvore ela sentia cosquinhas. Aquele vento que trazia tantas lembranças e perfumes, era o mesmo vento que fazia balançar os galhos da árvore que havia nascido dentro dela sem nenhuma explicação. A árvore estava cada vez mais segura e ela estava gostando cada vez mais disso tudo.

sobre nada.

Exatamente! Sem ideia nenhuma, nada de sentimentalismo louco pra ir pro papel, nada. Ideias loucas fora de controle, nem sinal. Cliquei inumeras vezes em 'nova postagem' e a página se mantinha em branco. A ligação cerebro > dedos está temporariamente fora do ar. Acontece. Pensei um bom tempo em muitos assuntos que pudessem despertar a fadinha das ideias que dormia pesadamente (e ainda dorme). Cansei de escrever sobre escola, todo mundo achou que morreria quando chegasse ao ensino médio e quando está prestes a ir pra faculdade sente morte próxima também, isso acontece com todo mundo e ninguem morre afinal. Nada de crises existencias. Mas falta de assunto é um bom assunto. Até porque falta de assunto significa sentimentos bons. Tentei tambem exercitar minha capacidade de metáforas para coisas boas e não ficou bom. Fracasso total. Dai lembrei que em um show da Vera Loca, falavamos de blogs e da dificuldade de manter um e a ideia de escrever sobre nada apareceu. Por que quando eu clico em 'nova postagem' já começa a circular ideias, o caminho entre pensar zilhões de coisas até não sair nada válido no papel pode ser um caminho bem interessante. Ter vontade de escrever e contar algumas coisas nem sempre é o mais importante, só é importante quando de repente as ideias de unem e aparecem textos prontos para serem escritos e as vezes acontece no ônibus lotado, sem chance de anotar nem a ideia principal que em segundos some, aah! Keep thinking, é.