segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Como eu vou saber se pode dar certo se eu não tentar? Mas parece que algo não me deixa fazer isso, uma força quer me ver aqui parada, esperando as coisas caírem do céu. Estranho eu perceber isso, isso me dá a chance de mudar, mas sei lá se vale a pena sabe? Quero ficar aqui assistindo, isso me dá muito menos trabalho, menos sofrimentos, menos ansiedade. Quem sabe eu preencha o espaço vazio no domingo com algo agradável. Ou também pode ser que o vazio aumente. Estou pensando sinceramente em tentar. Faz um tempo que as ideias andam fugindo de mim, não parei mais pra escrever, e o pouco que eu lia de outros blogs se reduziu a zero. Percebo mudanças, não é de agora. É complicado ser gente grande, às vezes dá uma preguiça de crescer. Preciso pensar, bastante, e tomar alguma decisão, rápido. Mas eu queria tanta coisa! Acho que eu preciso parar de pensar. Pensar demais pode ser um problema também. Ah! Sei lá.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Em mim, a razão toma as decisões da melhor e mais sensata forma possível, bom pelo menos deveria ser assim.
A caixinha de emoções chamada coração e a mente fértil costumam se unir com facilidade, um é complemento pro outro, juntos são impossíveis. Quando se unem tudo vira festa e eles não se importam em voar bem alto e ignorar totalmente a realidade. Para eles tudo é colorido, criam um mundo paralelo, tudo isso aqui dentro de mim, são enlouquecedores.
Tão enlouquecedores que confundem a razão a ponto de fazê-la perder o controlo e deixar tudo nas mãos desses malucos. Mas ela continua ali pesando do seu lado da balança, muito menos que o coração e a mente fértil obviamente, pois eles convencem sem trabalho nenhum todas as emoções a se juntarem a eles, o que torna as coisas bem complicadas...
Assim, quando me deparo com alguma situação que envolva coração, sentimentos (ou nenhum deles, mas estão tão enérgicos que acabam se metendo onde não são chamados) fica realmente difícil ouvir a razão. Os sentimentos são muito barulhentos. Às vezes esse carnaval todo se acalma, adormece e me deixa aqui com a razão, ambas sem entender nada, totalmente confusas.
Já pensei em trocar meu coração. No lugar dele ficaria um cofre, ou um baú, que só eu possuiria as chaves, assim teria total controle sobre ele, e só à entregaria a quem passasse pelo rigoroso teste da razão.
Isso facilitaria algumas coisas, mas precisaria muito cuidado para usar a chave com sabedoria. Acabei desistindo da idéia, até que essa loucura toda rendeu bons momentos e sensações. O negócio é aprender a controlar elas, tarefa nada fácil eu sei, mas faz parte da vida e sem elas o mundo não tem lá muita graça.

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Como um enigma, você vai perceber
decifra ou devoro você ♪ - Rosa Tattooada

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Você já tentou falar de “política” com seus amigos? Já tentou entender o porque de tantas dificuldades no país e no mundo? Ou tentou encontrar alguma solução para esses problemas? A gente já.
Na última aula de história (por sermos alunas do curso normal, o conteúdo de história passa longe dessas discussões), eu e mais duas amigas estávamos discutindo sobre formas de manifestação e como em algumas ocasiões a pichação serve para dar voz, para causar impacto com frases sobre problemas da sociedade. Ninguém participava da discussão onde duas de nós eram a favor de manifestações visando mudanças e a outra que participava era mais resistente; a professora que passava no quadro apenas acompanhava em silêncio.
Discutimos sobre a falta de espaço para movimentos, a falta de voz para quem ainda tem esperança em mudar algo, e sobre como os jovens, futuro do mundo, são desatentos e desinteressados a esses assuntos que nos atingem tanto agora quanto nos atingirão futuramente, sobre como os valores estão trocados e como as pessoas estão acomodadas.
Fomos interrompidas no alto da nossa discussão por duas colegas, que alegaram estarem sendo incomodadas pela nossa “conversa”. O perfeito exemplo da ignorância das pessoas e como as pessoas acham esse assunto dispensável.
De que forma podemos nos manifestar se as pessoas não se importam?
Não sabemos se as pessoas tem vergonha das suas idéias e opiniões ou possivelmente nem as tem, pois o pouco tempo que discutimos esse assunto tão complexo e importante permanecemos nós três em uma sala de aula com aproximadamente 35 meninas, como se fossemos as únicas a serem atingidas pelas conseqüências que virão.


Pobre de espírito aquele que não se aventurar; o comodismo é um mal parasitário; juventude perdida é o caralho, eu tenho muito mais pra dizer e nem preciso de muito pra viver na paz ♪ - Forfun