quinta-feira, 10 de março de 2011

Ouvi, durante o ano passado inteiro, minha mãe reclamar que eu não fazia nada por mim. Não que eu me preocupasse mais com os outros, eu simplesmente não me importava comigo, não fazia nada que fosse válido para mim. Quer dizer, eu não achei que todas as tardes jogando conversa fora com as minhas amigas pela internet, atualizando twitter e vendo blogs de humor foram exatamente inuteis. Eu tava quase uma nerd, só que por dentro de todas as fofocas do mundo. Mas eu deveria estar me preparando e estudando. Eu tinha tantos rumos pra escolher e analisar, que me deixava confusa, eu acabei entrando em transe psicológico e simplesmente ativei o mecanismo da vagabundagem como resposta a tudo. Sabe o botão do foda-se? Pois bem. No final não fez diferença nenhuma, no fundo foi infinitas vezes melhor eu ter essa pré-adolescencia fora de época, porque se eu tivesse passado esse tempo estudando não teria feito a mínima diferença, enfim. Todo mundo sabe que quando se está no último ano o sonho de todo mundo é 32878347 vezes maior do que qualquer possibilidade de ele se concretizar, por isso as coisas parecem mais complicadas. Não viajar tanto pode ser bom as vezes.
De repente, como num passe de mágica, as coisas parecem mais claras. Lá onde parecia ter um monstro verde, gigante, com uma só cabeça mas com 20 (!!) olhos e invencível, tu percebe que tu pode vencer ele e isso dá um UP! (up! para mim, vem imediatamente seguido de um ponto de exclamação ok). Engraçado perceber como a gente muda de pensamento conforme vai vivendo, eu sei que somos feitos das nossas escolhas, mas isso parece bem filosófico e moralista quando é nossos pais que resolvem as coisas pra gente. Meus primeiros passinhos nem estão tão tortos assim, e agora sim: MÃÃÃÃÃE tô vivendo pra mim, vem vê! (:

Um comentário:

  1. Garota, esse lance apocaliptico pós 18 anos é uma loucura mesmo. E no fim tô contigo nesse pensamento. Tem gente que se preocupa de mais, estuda de mais, e quando se derem conta estão casados, com uma bela casa, um carro, um cachorro... com apenas 25 anos.
    Pro diabo! Prefirivel deixar essas coisas pra depois.
    Viva a boa e velha geração Beat!

    ResponderExcluir