domingo, 24 de julho de 2011

Música pra tudo e pra todos. Aquelas músicas com nome, sobrenome e cheiro. Músicas que, dependendo do horário, me teletransportam pra uma lembrança quase escondida e apagada e me fazem reviver cada calor do momento. Dias alegres me levam a dançar qualquer ruido, sons que, em outros momentos, me fariam enfiar a cabeça no travesseiro até me sentir dentro dele. Dias em que a música do progama de domingo a tarde dá a sensação de que algo mais virá nesse dia tedioso, lembrando algum domingo que algo o preenchia e deixava a música do progama de fundo, insignificante. Noites que a música de ninar tem que ser algo similar a Pantera, e outras que só as propagandas do intervalo comercial das rádios é o suficiente para embalar os pensamentos que correm loucamente (ou lentamente, torturando). Horas que nenhuma serve, fazendo com que eu passe uma por uma das milhares e milhares de músicas e pense -onde estão as músicas boas dessa porcaria de computador? As que fazem parte do dia e da noite. Quem sabe eu podia parar de trazer as letras e melodias pra vida tão real. Eu enxergo as melodias caminhando em forma de pessoas pelas ruas arrastando as letras atrás de si, algumas tão familiares que trazem a letra enrolada na sua forma humana, escritas pelos braços, pernas e testas. Quem sabe deixar as músicas só sendo simpáticas aos ouvidos e boas para dançar, não? Não, eu pelo menos não consigo.

Um comentário:

  1. Ainda tô pra entender como pode ter gente que não seja "musical", como tenho sido chamada por alguns ultimamente.
    Eu não consigo, absolutamente, ficar sem música. Por mim, o rádio está ligado 24hs por dia.

    A-do-rei o texto, Bru!

    ResponderExcluir